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No encerramento do pregão de ontem, os principais índices de ações dos Estados Unidos fecharam sem direção única. O S&P 500 recuou 0,09%, enquanto o Nasdaq 100 avançou 0,13%. Já o Dow Jones Industrial Average registrou queda de 0,38%.
Na Ásia, os mercados acionários também operaram de forma mista, com os investidores aguardando novas sinalizações sobre a postura do Federal Reserve em sua última decisão de política monetária do ano. As ações do setor imobiliário da China avançaram, impulsionadas pelo otimismo em relação a um possível suporte governamental. Os futuros dos índices americanos permaneceram praticamente estáveis.
A prata seguiu em trajetória de alta, enquanto os títulos australianos sofreram aumento da pressão vendedora após a decisão hawkish do banco central na terça-feira. Já os títulos do Tesouro dos EUA operaram estáveis depois da queda registrada no dia anterior, quando dados mostraram que as vagas de emprego nos Estados Unidos atingiram o maior nível em cinco meses em outubro.
Hoje, os traders apostam em um terceiro corte consecutivo das taxas de juros pelo Fed, com atenção redobrada ao novo gráfico de pontos, às projeções econômicas e às declarações do presidente do banco central, Jerome Powell. A volatilidade em torno dessa decisão tem sido um dos principais motores das negociações recentes em ações, ofuscando até mesmo as preocupações com uma possível bolha ligada à inteligência artificial e os efeitos das políticas comerciais do ex-presidente Donald Trump.
Os participantes do mercado acompanham de perto como o Fed irá equilibrar a necessidade de conter a inflação com o risco de uma desaceleração mais acentuada do crescimento econômico. Embora a inflação persistente venha desacelerando, ela ainda permanece acima da meta de 2%, o que mantém viva a discussão sobre a necessidade de uma política monetária mais restritiva. Por outro lado, a economia já dá sinais de perda de fôlego, e uma pausa prolongada no ciclo de afrouxamento pode intensificar o risco de recessão. Nesse contexto, o gráfico de pontos — que sintetiza as projeções individuais dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) para a trajetória futura dos juros — será determinante para o humor do mercado. Uma sinalização mais hawkish do que o esperado pode desencadear vendas nas bolsas e elevação dos rendimentos dos títulos. Já uma indicação mais dovish tende a sustentar um rali nos mercados acionários.
Como já observado, as ações de incorporadoras chinesas dispararam na quarta-feira diante das expectativas de novas medidas de estímulo por parte de Pequim e de avanços nas negociações de endividamento da China Vanke Co. O índice do setor imobiliário da China avançou mais de 4%, enquanto os papéis da Vanke, que vinham sendo pressionados por atrasos no pagamento de títulos, saltaram 19%.
A prata manteve sua trajetória de alta após romper a marca de US$ 60 por onça pela primeira vez na terça-feira. O movimento foi impulsionado pela escassez de oferta e pelas expectativas de um afrouxamento adicional da política monetária do Fed. O metal branco avançou 1,6%, alcançando um recorde histórico de US$ 61,6145 por onça.
O petróleo, por sua vez, registrou sua maior queda em dois dias no último mês, à medida que as preocupações com um excesso de oferta global continuaram a pressionar o sentimento do mercado.
No campo técnico, para o S&P 500, o principal objetivo dos compradores nesta sessão será romper a resistência imediata em 6.854 pontos. Um avanço acima desse nível sinalizaria continuidade do movimento de alta e abriria espaço para uma possível escalada até 6.874. Outra meta relevante para os touros será manter o controle da região de 6.896, o que reforçaria ainda mais suas posições. Em caso de recuo provocado pela redução do apetite ao risco, espera-se que os compradores atuem na faixa de 6.837. Um rompimento desse suporte pode rapidamente levar o índice de volta a 6.819, com possibilidade de avanço da queda até 6.792.