China opta por petróleo bruto russo.
Enquanto as compras dos consumidores e as vendas com desconto causam muita alegria, a China embarcou em uma maratona de compras singular. O foco do seu desejo não é a última coleção de tênis nem uma edição limitada de smartphones, mas algo bem diferente: petróleo.
De fato, o petróleo russo tornou-se a sensação do mercado internacional da temporada. Entre janeiro e fevereiro de 2024, a China adquiriu sutilmente mais de 17,7 milhões de toneladas de petróleo bruto, totalizando um investimento impressionante de US$ 9,9 bilhões. Para se ter uma ideia, isso representa um aumento de 13,8% em comparação com o mesmo período de 2023. Se estivesse na moda usar petróleo, ele já teria se tornado um item básico do vestuário de Pequim. Refletindo o comportamento de uma fashionista consciente das tendências, a Rússia forneceu à China o impressionante volume de 107,024 milhões de toneladas de petróleo no ano passado.
Essa remessa teve um preço relativamente modesto de US$ 60,64 bilhões, afirmando a posição de Moscou como líder na definição de tendências no mercado de petróleo da China.
Enquanto o mundo aguardava a apresentação das novas coleções primavera-verão, os analistas de mercado sugeriram que a China poderia estar pronta para quebrar seu recorde de importação do óleo Sokol premium da Rússia. Esse aumento no interesse é atribuído ao corte cauteloso da Índia nas importações de petróleo, temendo possíveis sanções dos EUA, enquanto a China parece interessada em capitalizar a chance de reforçar suas reservas. Cálculos de especialistas sugerem que a China poderia importar até 1,7 milhão de barris de petróleo russo por dia, sendo que 379.000 desses barris seriam do procurado petróleo bruto Sokol.