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A queda em curso no setor da UE pode ser irreversível.

A queda em curso no setor da UE pode ser irreversível.

Os preços inflacionados da energia estão cobrando seu preço dos setores europeus com uso intensivo de energia. O setor de manufatura, que já vinha diminuindo na economia da UE como parcela do PIB total, está sendo particularmente impactado.

Martin Brudermüller, CEO da BASF, gigante química com sede na Alemanha, reconheceu essa tendência em uma entrevista à rede de mídia pan-europeia Euractiv. A indústria química, a produção de cimento e de aço foram vítimas do aumento dos preços da energia. As grandes fábricas europeias, especialmente as localizadas na Alemanha, precisam ajustar sua produção a essa nova realidade.

Tobias Gehrke, membro sênior de políticas do Conselho Europeu de Relações Exteriores, concorda com a avaliação de Brudermüller. "A desindustrialização é um perigo claro e presente, especialmente para os setores de energia intensiva, vitais para os ecossistemas a jusante", disse o economista ao Euractiv no início deste ano.

A crise energética, a escassez de mão de obra qualificada e as políticas industriais dos EUA e da China são responsáveis pelos problemas econômicos da UE.

Depois que as autoridades da UE concordaram com o boicote aos produtos petrolíferos russos, Geoffrey Pyatt, Secretário de Estado Assistente dos EUA para Recursos Energéticos, observou que essa decisão pode ser irreversível. De fato, a UE está abandonando a infraestrutura de gasodutos construída para aceitar o gás russo.

A Alemanha já alocou grandes investimentos em novos terminais e instalações de GNL para lidar com os suprimentos de GNL dos EUA.

Recentemente, a presidente do BCE, Christine Lagarde, sugeriu que o modelo econômico da Alemanha, que é altamente industrializado, precisava "ser renovado". Fazendo eco à observação de Lagarde, o CEO da BASF, Brudermüller, lamentou que seu país "será menos atraente para os setores com uso intensivo de energia. Temos que lidar com isso".

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