O euro está lutando para manter sua posição, mas crescem as preocupações de que possa sofrer um declínio acentuado. A moeda europeia mais uma vez enfrenta o desafio de provar sua importância em meio a um ambiente difícil. O dólar está ganhando terreno com confiança, à medida que os líderes do Banco Central Europeu sinalizam que um corte nas taxas em junho é quase inevitável, apesar dos problemas contínuos com a inflação. Assim, o euro se vê encurralado por essas circunstâncias.

Uma minoria dos representantes dos bancos centrais está inclinada a apertar a política monetária. No entanto, a maioria tende a adotar a postura oposta. François Villeroy de Galhau, chefe do Banco da França, defende uma flexibilização imediata da política monetária, afirmando: "Não devemos esperar muito tempo; precisamos agir agora". Atualmente, o déficit orçamentário da França excedeu as expectativas, atingindo 5,5% do PIB. Gerenciar isso em meio a altas taxas de juros é um desafio. Diante desse cenário, os analistas revisaram sua previsão para o PIB da França em 2024, aumentando-a de 4,4% para 5,1%. O Banco Central Europeu (BCE) está enfrentando pedidos de ação decisiva, mas continua indeciso.

O regulador está em um dilema entre a estagnação econômica na Europa e a alta inflação, juntamente com as pressões decorrentes do aumento das dívidas, dos déficits e de uma postura mais rígida do Federal Reserve. Essa situação torna complicada a avaliação do BCE sobre o nível atual de firmeza da política.

A perspectiva para o euro continua pessimista. Embora as posições de compra especulativas tenham diminuído, a mudança para posições de venda ainda não é evidente. Alguns analistas continuam otimistas em relação ao euro, mas a maioria destaca problemas em sua trajetória, aumentando a probabilidade de uma nova queda relevante.