As autoridades chinesas demonstraram recentemente um forte interesse no ouro. O governo está aumentando suas compras do metal precioso, impulsionando seu preço para um recorde de US$ 2.400 por onça. De acordo com a Bloomberg, a China é atualmente o maior produtor e comprador de ouro do mundo.

O ouro tem sido visto como a melhor opção de investimento em meio à atual turbulência geopolítica que tem dominado os mercados globais. A incerteza resultante de conflitos geopolíticos está reforçando seu papel como porto seguro. Os governos até mesmo estão reduzindo sua exposição ao dólar americano, atualmente sob pressão devido à perspectiva de cortes nas taxas de juros dos EUA, e se voltando para o metal amarelo.

A demanda pelo metal é impulsionada em grande parte pela vigorosa atividade de compra da China. Além do banco central, investidores privados, fundos de hedge e traders estão entre aqueles que estão adicionando ativamente ouro a seus portfólios de investimento. Afinal, o ouro é considerado uma reserva confiável de valor em tempos de instabilidade.

Nesse sentido, a Índia, concorrente da China, é o segundo maior consumidor de ouro do mundo. Entretanto, em 2023, o consumo indiano de ouro foi relativamente lento, com uma queda de 6% na demanda por joias, moedas e barras, enquanto a da China aumentou 10%.

Além disso, a China é responsável pela extração e importação de mais ouro do que qualquer outro país. Nos últimos dois anos, suas compras no exterior totalizaram mais de 2.800 toneladas, representando cerca de um terço dos estoques mantidos pelo Federal Reserve dos EUA.

O Banco Popular da China é o maior comprador interno de ouro. O órgão regulador vem adquirindo o metal há 17 meses consecutivos, numa tentativa de diversificar suas reservas, afastando-se do dólar e protegendo-se contra a desvalorização da moeda, reduzindo assim sua dependência da moeda americana.

Os analistas resumem que, devido à percepção do ouro como o investimento mais confiável e sólido, o mercado de ouro tem um grande potencial de alta.