As autoridades dos EUA estão em dúvida. Por um lado, elas estavam planejando impor sanções a vários bancos chineses. Por outro, elas temem consequências negativas em grande escala para a economia global após essa medida. Além disso, os EUA não estão dispostos a complicar as relações com a China. Por isso, decidiram adiar a implementação das restrições.

Anteriormente, as autoridades dos Estados Unidos discutiram sanções contra alguns bancos chineses. Em um futuro próximo, o país dificilmente introduzirá tais medidas. Mas a situação pode mudar a qualquer momento. Além disso, Washington está procurando maneiras de influenciar Pequim a limitar sua interação com a Rússia.

No entanto, os EUA estão trabalhando em sanções que poderiam cortar algumas instituições financeiras chinesas do sistema financeiro global. De acordo com as autoridades norte-americanas, isso dificultará a cooperação entre Pequim e Moscou.

Os Estados Unidos já impuseram restrições a pequenos bancos chineses, como o Bank of Kunlun, por cooperarem com o Irã. Entretanto, as autoridades americanas raramente tomam medidas desse tipo contra grandes organizações de crédito chinesas. A Casa Branca teme consequências imprevisíveis para a economia global e para as relações entre os EUA e a China.

Na semana passada, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, criticou o apoio da China ao setor de defesa russo, afirmando que Pequim fez uma grande contribuição para o conflito Rússia-Ucrânia ao fornecer à Rússia importantes componentes de armas.

Em dezembro de 2023, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou a imposição de sanções secundárias contra organizações financeiras que ajudam a Rússia a contornar restrições. Presumivelmente, a abertura de contas correspondentes nos Estados Unidos se tornará impossível ou seu uso será restrito. Além disso, a propriedade de tais empresas será bloqueada nos Estados Unidos. Após a introdução dessas medidas, os pagamentos por meio dos principais bancos chineses, como o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), o China Construction Bank (CCB) e o Bank of China, tornaram-se muito mais difíceis.