As autoridades turcas tomaram uma decisão surpreendente ao optar por parar de alugar novos edifícios e veículos como uma medida para combater a inflação em alta. A expectativa é que essas ações ajudem a apoiar a economia do país.

Segundo o ministro das Finanças da Turquia, Mehmet Şimşek, o governo não irá mais alugar novos edifícios ou veículos nos próximos três anos como parte das medidas de contenção de preços. Acredita-se que isso resultará em economias significativas para as instituições governamentais, contribuindo para melhorias econômicas a longo prazo.

Şimşek defende essa abordagem como adequada para tempos de estabilidade, embora ressalte que seria suspensa em caso de ameaça de terremoto. Em outras circunstâncias, serão introduzidas alocações padronizadas de espaço para as instalações governamentais, com uma avaliação da eficiência no uso dos edifícios existentes. O ministério também avaliará a necessidade de manter escritórios de representação dos ministérios turcos no exterior.

Essas medidas terão impacto nos salários, com a implementação de um teto salarial para os membros da diretoria das instituições governamentais e a restrição de novas contratações no setor público apenas para substituir funcionários aposentados. Além disso, os investimentos governamentais serão reduzidos em 15%, e haverá uma transição para a documentação digital. Estima-se que essas medidas possam economizar cerca de 100 bilhões de liras (aproximadamente US$ 3,1 bilhões pela taxa de câmbio atual).

Em abril, a taxa de inflação anual da Turquia atingiu quase 70%, o nível mais alto desde novembro de 2022. Dois anos atrás, a inflação chegou a impressionantes 84,39%. Enquanto isso, os cidadãos turcos estimam a taxa de inflação anual em 96%, enquanto economistas independentes do Grupo de Pesquisa de Inflação da Turquia (ENAG) sugerem que ela possa chegar a 127,21%.